Muitas pessoas sofrem bullying na escola ou no trabalho ganhando inclusive apelidos por conta disso. Além da possibilidade cirúrgica disponível atualmente, há medidas comportamentais que são de extrema importância para pais, educadores, psicólogos e psiquiatras.

É extremamente importante que os responsáveis entendam e eliminem todas as dúvidas referentes a otoplastia, além de encontrarem um profissional devidamente habilitado e competente para a cirurgia, demandas da família e acompanhamento pré e pós-cirúrgico.

Dos 5 aos 7 anos pode ser indicada para a cirurgia de otoplastia, pois a orelha da criança encontra-se totalmente formada e evita assim mais um item importante de abalo da autoestima e da vaidade que se moldam ao longo dos anos. Nessa faixa de idade a criança já demonstra alguma maturidade suficiente para realizar auto-cuidados e se mostrando mais colaborativa. Isso facilita todas as etapas do tratamento e recuperação, apresenta também melhor tolerância e comunicação em relação a dor, colabora na retirada dos pontos e cuidados da ferida operatória.

Não devemos induzir crianças, já que podem aceitar fazer o procedimento mesmo sem vontade para isso, causando traumas e sofrimento. Como descrito acima, a motivação a otoplastia é essencial. Mas quando são muito tímidas, uma conversa cuidadosa com alguém em quem confiem pode detectar o desejo pela correção.

O bom relacionamento entre pais e filhos é a melhor maneira de percebermos suas angústias e seus desejos, sem impor uma cirurgia estetica contra vontade da criança. A timidez e traumas por bullying podem omitir a interesse da criança pelo tratamento. Professores e psicólogos oferecem grande auxílio nesses casos

A anestesia usada é a geral nas crianças e local nos adultos. Na anestesia local pode-se utilizar também a sedação, o que deve ser avaliado caso a caso.

Essa cirurgia modela a orelha. Fornece curvaturas, formatos e tamanhos adequados das orelhas. A harmonia estética adquirida gera maior autoestima e autoafirmação com resolução até de possíveis traumas relacionados a sua imagem. É compreensível que após a cirurgia ocorra pequenas diferenças entre as orelhas, seja no pós-operatório imediato ou no tardio. Alterações das orelhas devido ao processo de envelhecimento e a demais fatores (traumas, doenças da pele e ouvidos, etc) não relacionadas à cirurgia que podem alterar o resultado obtido.

O otorrino é o médico especializado na anatomia e nas funções do ouvido, nariz e garganta. Quando realiza otoplastias, traz um conhecimento aprofundado da estrutura da orelha, o que é essencial para preservar (ou melhorar) a função auditiva e garantir um reposicionamento natural e seguro. Muitos otorrinos têm formação complementar em cirurgia plástica facial, o que permite unir estética e função em um único procedimento.